O primeiro caso importado de febre chikungunya na Rússia foi confirmado na sexta-feira (29), segundo o órgão de vigilância sanitária Rospotrebnadzor. O paciente, que havia retornado de uma viagem de 10 dias ao Sri Lanka, foi hospitalizado em estado moderado após apresentar sintomas que inicialmente levantaram suspeita de dengue. Exames laboratoriais confirmaram a infecção pelo vírus. As informações são do The Moscow Times.
A chikungunya é transmitida pelos mosquitos Aedes aegypti e Aedes albopictus, este último também conhecido como mosquito tigre. Esses mosquitos são responsáveis pela disseminação de doenças como dengue e zika, e sua expansão para regiões mais ao norte da Europa, impulsionada pelo aquecimento global, aumenta o risco de propagação dessas enfermidades.

Apesar do diagnóstico, as autoridades russas afirmaram que não há risco de transmissão local, uma vez que a chikungunya não se espalha de pessoa para pessoa e a população de mosquitos transmissores no país não representa ameaça epidemiológica significativa.
O Rospotrebnadzor garantiu que todas as medidas antiepidêmicas necessárias foram implementadas, e sistemas de monitoramento nas fronteiras ajudam a identificar viajantes provenientes de regiões com surtos de doenças infecciosas.
Ressurgimento
A Organização Mundial da Saúde (OMS) alerta para o ressurgimento global da chikungunya, comparável à epidemia de 2004-2005, que infectou cerca de meio milhão de pessoas. Medidas preventivas incluem o uso de repelentes e a eliminação de focos de água parada, ambientes propícios para a reprodução dos mosquitos.
Recentemente, o sul da China registrou quase 8.000 casos de chikungunya entre o final de julho e o início de agosto, motivando ações de contenção pelas autoridades locais.
O Brasil apresentou uma redução significativa nos casos de febre chikungunya em 2025, segundo o Ministério da Saúde. Até junho, foram notificados 115.920 casos prováveis, com 87.312 confirmações e 106 óbitos. Comparado ao mesmo período de 2024, houve uma diminuição de aproximadamente 64% no número de casos.