O uso de energia solar está em rápida expansão na África, com destaque para os painéis fabricados na China. Segundo estudo da Oxford Economics, o continente importou 9.516 megawatts de painéis solares chineses nos primeiros sete meses de 2025, superando o recorde do ano anterior. As informações são do South China Morning Post.
O aumento é liderado por África do Sul, Argélia e Nigéria, mas outros países também registraram crescimento expressivo. Na África do Sul, a PowerChina está construindo a usina solar de De Aar, de 342 MW, enquanto na Argélia projetos no deserto somam mais de 400 MW de capacidade.

A Oxford Economics destaca que o avanço da energia solar é essencial para ampliar o acesso à eletricidade, que na África Subsaariana atinge apenas 53,3% da população. A queda no custo da tecnologia, impulsionada pela China, tem tornado os painéis solares a alternativa mais barata e eficiente para enfrentar apagões e a precariedade da infraestrutura elétrica.
Segundo Dave Jones, analista-chefe do think tank Ember, as importações africanas de painéis solares chineses aumentaram 60% até junho, alcançando 15.032 MW. Além da África do Sul, países como Serra Leoa e Chade registraram recordes históricos de capacidade instalada.
Para o ex-ministro liberiano William Gyude Moore, o crescimento se deve à combinação entre preços mais baixos e a necessidade urgente de energia confiável.
“Os painéis são a melhor opção: tecnologia modular, de rápida implantação e capaz de suprir falhas da rede elétrica”, afirmou.