Chefe da missão da ONU detalha plano de retirada de forças de paz na RD Congo

Retirada dos soldados foi solicitada em 2021 e revista para que as forças pudessem se concentrar no processo eleitoral.

Conteúdo adaptado de material publicado originalmente pela ONU News

A Missão da ONU na República Democrática do Congo, Monusco, focará em proteger civis e promover ações como desarmamento, desmobilização, reintegração e reforma da segurança ainda neste ano, durante o processo final do mandato.

O plano de transição foi enfatizado no Conselho de Segurança pela representante especial para o país. Na segunda-feira (11), Bintou Keita disse aos 15 Estados-Membros que a abordagem é essencial para criar um ambiente favorável a um fechamento sustentável da operação.

O discurso feito em Nova York ressalta que o plano envolve as autoridades congolesas. A retirada foi solicitada em 2021 e foi revista para que as forças pudessem se concentrar no processo eleitoral.

Criança observa soldado da Monusco da RD Congo (Foto: Monusci/Abel Kavanagh)

A enviada falou ainda de questões sobre as eleições gerais deste 20 de dezembro que terão mais de 25,8 mil candidatos ao Parlamento. Para os conselhos provinciais concorrem mais de 44 mil pessoas e outras 31,2 mil para assembleias comunais.

A chefe da Monusco aponta como uma das principais preocupações a transparência e a inclusão, tal como tem sido manifestado por partidos da oposição congolesa e pelos representantes da sociedade civil.

Na atuação no terreno, a operação de paz ajuda a reduzir o risco de violência em torno das eleições.

Grupo M23

Keita apontou ainda intensificação de combates no terreno ao pedir que as partes no conflito acalmem as tensões. O apelo ao movimento M23 (Movimento 23 de Março) é que cesse imediatamente os confrontos.

A representante promete um processo de fim de mandado com um maior envolvimento político em coordenação com o Escritório do Enviado Especial da ONU para os Grandes Lagos.

A Monusco revelou estar pronta para apoiar a saída de operações das forças regionais, em plena conformidade com as políticas globais sobre direitos humanos.

Keita solicitou apoio financeiro internacional destinado às agências, fundos e programas das Nações Unidas na RD Congo para que possam continuar o seu apoio em áreas relevantes em apoio às autoridades e instituições congolesas.

Estima-se que o território congolês tenha 6,3 milhões de deslocados internos, sendo que 5,5 milhões estão concentrados nas três províncias orientais.

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