A estação chuvosa no leste da África, iniciada no final de março, pode piorar a situação da praga de gafanhotos que atinge países como Quênia, Etiópia, Uganda, Sudão do Sul e Tanzânia, segundo a FAO (Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura).
Em cada quilômetro quadrado, é possível encontrar até 80 milhões de gafanhotos, segundo a organização. Para este ano, espera-se um “aumento dramático”, de cerca de 20 vezes, dessa população.
Há falta de pessoal e de equipamentos, como borrifadores e pesticidas, parados em trânsito com a diminuição do tráfego aéreo em todo o mundo após o início da pandemia do novo coronavírus.
A organização tem 740 funcionários em campo e, segundo apuração própria, já neutralizou 240 mil hectares contra a infestação de gafanhotos, área equivalente ao Parque Nacional da Chapada dos Veadeiros, em Goiás.
O serviço “Locust Watch“, da FAO, que já opera há quase 50 anos, classifica a situação como “extremamente alarmante”. Seria uma “ameaça sem precedentes à segurança alimentar” da região, onde 20 milhões já têm problemas em manter uma dieta adequada.
Iêmen e Irã também estão em alerta contra os insetos.