Um ciberataque realizado no ano passado por um grupo de hackers danificou cerca de 600 mil roteadores nos EUA. A revelação consta de um relatório de segurança digital divulgado na quinta-feira (30), cujas informações foram reproduzidas pela agência Reuters.
De acordo com analistas da empresa Lumen Technologies, a ação maliciosa aconteceu em outubro do ano passado e somente agora foi devidamente apurada e revelada. Os responsáveis pelo ataque, no entanto, não foram identificados.
De acordo com especialistas, este é um dos mais graves ataques realizados por hackers na história norte-americana.
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Um software malicioso instalado pelos agressores no sistema de uma companhia de internet comprometeu o funcionamento da rede para centenas de milhares de usuários entre os dia 25 e 27 de outubro de 2023. O programa invasor, então, passou a se espalhar e continuou circulando por meses após o ataque.
Os hackers teriam usado métodos convencionais para realizar a invasão, o que acaba por dificultar a identificação deles. Geralmente, grupos de criminosos digitais adotam estratégias características que permitem às autoridades identificá-los em cada episódio, o que não foi o caso.
Com o código maliciosa em circulação, os hackers instalaram uma atualização nos roteadores que acabou por comprometer o funcionamento dos aparelhos.
“Avaliamos com grande confiança que a atualização maliciosa do firmware foi um ato deliberado com a intenção de causar uma interrupção”, disse a Lumen no relatório fruto da investigação. “Ataques destrutivos desta natureza são altamente preocupantes, especialmente neste caso.”
Embora a Lumen não tenha citado a empresa atingida, a Reuters comparou os detalhes do relatório com episódios relatados no ano passado e apontou o provável alvo dos hackers: o provedor de serviços de Internet Windstream, com sede no estado norte-americano de Arkansas.