Os Estados Unidos obtiveram na quarta-feira (8) um mandado de apreensão de um avião pertencente ao grupo petrolífero russo Rosneft, avaliado em mais de US$ 25 milhões, informou o Departamento de Justiça do país.
O avião fabricado nos EUA, um Boeing 737-7JU, é acusado de viajar de um país estrangeiro para a Rússia, violando a lei e as sanções implementadas por Washington após a invasão da Ucrânia por Moscou em fevereiro de 2022. As penalidades impediram o comércio global e dificultaram as capacidades de financiamento das empresas petrolíferas russas.
Segundo comunicado da Procuradoria do Distrito Leste de Nova York, a aeronave, avaliada em US$ 25 milhões, esteve em território norte-americano pela última vez em 2014. Os EUA alegam que o avião entrou e saiu da Rússia “pelo menos sete vezes, violando a lei federal”.
“A ação de execução de hoje demonstra que há um preço a pagar por empresas e oligarcas russos que fogem flagrantemente das sanções que os Estados Unidos impuseram em resposta à guerra injustificada contra o povo da Ucrânia”, disse o procurador dos EUA Breon Peace no comunicado à imprensa.
O diretor-executivo da Rosneft, Igor Ivanovich Sechin, já havia sido sancionado pelos EUA em 2014 devido à sua proximidade com o Kremlin. A anexação ilegal da península da Crimeia por Moscou ocorreu no mesmo ano, e ele foi enquadrado entre os “responsáveis ou cúmplices” das tentativas de minar a soberania e a democracia da Ucrânia.
A investigação foi coordenada por meio da Força-Tarefa KleptoCapture, do Departamento de Justiça, uma força-tarefa interinstitucional dedicada à aplicação de amplas sanções, controles de exportação e contramedidas econômicas que os Estados Unidos, juntamente com seus aliados e parceiros estrangeiros, impuseram em resposta ao conflito na Ucrânia.