A nova ordem executiva de Donald Trump restringe a entrada de cidadãos de diversos países nos EUA, mas abre uma exceção importante: atletas, membros de equipes técnicas e familiares envolvidos em grandes eventos esportivos poderão entrar no país. A liberação vale, por exemplo, para quem participar da Copa do Mundo de 2026, dos Jogos Olímpicos de 2028 e do Mundial de Clubes da Fifa que começa neste mês de junho. As informações são do jornal The Guardian.
A isenção contempla “qualquer atleta ou membro de uma equipe esportiva, incluindo técnicos, pessoas que desempenham funções de apoio necessárias e parentes próximos, viajando para a Copa do Mundo, Jogos Olímpicos ou outro grande evento esportivo, conforme determinado pelo secretário de Estado”.

A medida deve evitar problemas logísticos para as competições programadas para acontecer em solo americano nos próximos anos. Só no Mundial de Clubes deste ano, dez jogadores de clubes classificados vêm de países afetados pela nova política migratória. Entre eles estão Telasco Segovia (Inter Miami), Jefferson Savarino (Botafogo), David Martínez (LAFC) e Salomón Rondón (Pachuca), todos da Venezuela.
As federações nacionais também evitam, com a exceção, a necessidade de retirar atletas que jogam nos Estados Unidos de seus compromissos internacionais. A seleção da Venezuela, por exemplo, que tem três jogadores na Major League Soccer, a liga profissional de futebol norte-americana, continua com sua agenda de partidas contra Bolívia e Uruguai, mesmo com a ordem executiva entrando em vigor na segunda-feira, 9 de junho.
Procurada, a Fifa, entidade que gerencia o futebol mundial, não comentou se atuou para garantir a liberação no decreto. O presidente da entidade, Gianni Infantino, tem mantido relação próxima com Trump, com aparições públicas conjuntas em reuniões sobre a Copa e visitas durante turnês internacionais do ex-presidente.