O governo australiano atendeu às reivindicações de ambientalistas e afirmou, na segunda-feira (12), que exigirá um relatório de impacto ambiental para autorizar um projeto ligado à mineradora MMG (Grupo de Metais e Minerais, da sigla em inglês), segundo o jornal The West Australian.
A empresa, cujo capital é majoritariamente do governo chinês, pretende construir uma barragem de armazenamento de rejeitos na floresta tropical de Tarkine, que fica no Estado insular australiano da Tasmânia.
![Austrália bloqueia projeto de mineradora chinesa contestado por ambientalistas](https://areferencia.com/wp-content/uploads/2021/07/australia-mmg-tarkine.jpg)
“A MMG quer destruir 285 hectares de floresta tropical e floresta de melaleuca para despejar 25 milhões de metros cúbicos de rejeitos de minas tóxicos e ácidos”, diz um manifesto da ONG Bob Brown Foundation, que coordenou os protestos.
Ativistas presos
O projeto gerou uma onda de manifestações que se se estendeu por mais de dois meses, com a prisão de ao menos 60 ativistas. “Nossa Fundação mantém as plataformas de perfuração fora da floresta desde dezembro, mas a empresa está avançando com um pedido de aprovações ambientais federais”, disse recentemente a ONG.
O governo porém, acabou ouvindo oo argumentos dos ambientalistas, e o Departamento Federal de Meio Ambiente da Austrália decidiu que a proposta requer avaliação sob a Lei de Proteção Ambiental e Conservação da Biodiversidade.
Bob Brown, que dá nome à ONG, não se satisfez plenamente com a decisão, que classificou como “provisória”. Segundo ele, a vitória só será conquistada quando o Ministério do Meio-Ambiente australiano cancelar o projeto definitivamente.