China embarca em missão espacial com experimentos de última geração

A espaçonave Shenzhou-18, com três astronautas a bordo, permanecerá em órbita por seis meses

Na quinta-feira (25), a China deu início a uma missão espacial de seis meses, enviando três astronautas a bordo da espaçonave Shenzhou-18, conforme relatado pela mídia estatal.

A decolagem da espaçonave ocorreu às 20h59, horário de Beijing, partindo do Centro de Lançamento de Satélites de Jiuquan, impulsionada pelo foguete Longa Marcha 2F, com destino à estação espacial Tiangong. A agência estatal Xinhua News, citando a Agência Espacial Tripulada da China, informou sobre o lançamento.

Antes disso, uma cerimônia de despedida dos três taikonautas – termo para astronautas chineses – foi realizada no centro de lançamento.

Renderização da Estação Espacial Tiangong, da China (Foto: Shujianyang/WikiCommons)

Após entrar em órbita, a espaçonave Shenzhou-18 realizará uma manobra automatizada de encontro e acoplamento rápido com a porta radial do módulo central da estação espacial Tianhe, uma operação prevista para durar cerca de seis horas e meia.

Os astronautas Ye Guangfu, Li Cong e Li Guangsu permanecerão em órbita por seis meses, com previsão de retorno ao local de pouso de Dongfeng, na Região Autônoma da Mongólia Interior, no norte da China, no final de outubro deste ano.

Durante esta missão, as principais incumbências dos astronautas incluirão a realização de experimentos espaciais e testes em áreas de vanguarda, tais como medicina aeroespacial, física básica, ciência dos materiais e ciências da vida.

A equipe da Shenzhou-17, que permaneceu na estação espacial orbital Tiangong por quase seis meses, agora se prepara para a chegada da equipe da Shenzhou-18.

A missão Shenzhou-18 marca a 32ª operação de voo do programa espacial tripulado da China e a terceira missão tripulada durante a fase de implementação e desenvolvimento da estação espacial chinesa.

Corrida espacial

Nos últimos anos, a China aumentou consideravelmente o investimento no setor aeroespacial e tornou-se concorrente real dos EUA. Até 2007, o país não havia feito mais de dez lançamentos em um ano, mas intensificou as atividades desde então e, somente até o final de 2021, havia feito 152, maior marca global. Desde 2018, somente em 2020 os EUA venceram a competição anual, com 44 lançamentos contra 39.

A disputa entre os dois os países tem gerado preocupações de que o espaço esteja superlotado, inclusive com um incidente curioso em dezembro de 2021. Após evitar duas colisões com sua estação espacial, devido a aproximações classificadas como “irresponsáveis”, a China solicitou à Starlink, uma divisão da empresa SpaceX, do magnata Elon Musk, que evite a aproximação de seus satélites, sob risco de uma tragédia.

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