China nega intenção de participar de missão de paz na Ucrânia

Jornal alemão disse que Beijing enviaria seus homens para acompanhar tropas europeias e assim agradar a Rússia, aliada dos chineses

O Ministério das Relações Exteriores da China negou a intenção de participar de uma missão de paz na Ucrânia. A negativa foi publicada pelo jornal estatal chinês Global Times nesta segunda-feira (24), após reportagem do veículo alemão Die Welt sugerir que Beijing estaria considerando integrar uma força de paz liderada por europeus.

Segundo o Die Welt, fontes diplomáticas não citadas teriam indicado que a China avaliava a possibilidade de se juntar a uma coalizão formada por países europeus com o objetivo de assegurar um cessar-fogo na Ucrânia. A missão teria como líderes principais o Reino Unido e a França e incluiria o envio de tropas estrangeiras ao território ucraniano, além de apoio aéreo e naval.

Soldados do Exército de Libertação Popular da China (Foto: WikiCommons)

“A inclusão da China em uma ‘coalizão dos dispostos’ poderia potencialmente aumentar a aceitação da Rússia de tropas de paz na Ucrânia’, disse o veículo de imprensa alemão.

No entanto, em uma coletiva de imprensa, o porta-voz do Ministério das Relações Exteriores chinês Guo Jiakun rejeitou categoricamente a informação e declarou que “a reportagem é totalmente falsa”.

Enquanto as discussões sobre a missão de paz prosseguem entre os países europeus, o presidente dos EUA, Donald Trump, busca intermediar um cessar-fogo na Ucrânia, mas descarta a possibilidade de participação direta na iniciativa liderada pela Europa.

A posição oficial da China é de neutralidade no conflito, apesar de manter fortes laços econômicos e políticos com Moscou. Embora negue o envio de apoio militar a qualquer dos lados, Beijing tem sido uma peça-chave para a resistência russa contra sanções ocidentais, fornecendo bens de uso duplo que podem ser aproveitados para fins militares.

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