Península da Coreia vê tensão aumentar com alcance ilimitado dos mísseis de Seul

Coreia do Norte condena "hostilidade" dos EUA em decisão a favor de sul-coreanos

A tensão voltou a crescer entre Coreia do Norte e Estados Unidos. O país asiático teceu duras críticas à decisão norte-americana de banir a restrição à fabricação de mísseis por parte da aliada Coreia do Sul. “Mostra claramente quem está por trás da escalada de tensão na Península da Coreia”, diz um texto publicado pela agência estatal norte-coreana.

O presidente sul-coreano Moon Jae-In anunciou na semana passada, em viagem aos EUA, que foi abolida uma antiga diretriz que impedia seu país de fabricar mísseis com alcance superior a 800 km. A proibição era uma forma de limitar o alcance militar num eventual confronto entre as duas Coreias.

Pyongyang classificou como “deliberada” e “hostil” a medida adotada pelo presidente Joe Biden, a quem culpa pela instabilidade na região. “Significa luz verde para a Coreia do Sul desenvolver mísseis para atingir toda a DPRK (Coreia do Norte, ou República Popular Democrática da Coreia) e os países vizinhos”, diz o comunicado.

Kim Jong-un, líder da Coreia do Norte: tensão com o vizinho do Sul após decisão dos EUA (Foto: Divulgação/kcnawatch.org)

Moon, por sua vez, disse que Seul apenas recuperou sua “soberania” com a decisão. “É um passo simbólico e substancial que mostra o quanto essa aliança [com Washington] é robusta”.

Resposta norte-coreana 

O comunicado publicado pela Coreia do Norte é assinado por Kim Myong Chol, qualificado apenas como analista de relações internacionais, sem citar qualquer vínculo governamental. “O fim da diretriz é um forte lembrete da polícia hostil dos EUA em relação à DPKR”, diz o texto. 

“Agora que as autoridades dos EUA e da Coreia do Sul deixaram clara sua intenção de agressão, eles não têm mais razões para culpar a DPKR por aumentar sua estrutura de defesa”, prossegue o texto.

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