A Coreia do Norte criticou no sábado (13) uma declaração da cúpula da Otan (Organização do Tratado do Atlântico Norte) que condenou suas exportações de armas para a Rússia, classificando-as como “ilegais” e alertando sobre uma forte “contramedida estratégica”. As informações são da rede Voice of America (VOA).
Um porta-voz do Ministério das Relações Exteriores fez essa declaração após a conclusão da cúpula da Otan em Washington. Nesta cúpula, líderes da aliança de 32 membros, juntamente com quatro parceiros do Indo-Pacífico – Coreia do Sul, Japão, Austrália e Nova Zelândia –, discutiram as preocupações sobre os crescentes laços militares entre Pyongyang e Moscou.
A declaração emitida na quarta-feira (10) destacou que as exportações de projéteis de artilharia e mísseis balísticos da Coreia do Norte para a Rússia violam várias resoluções do Conselho de Segurança da ONU (Organização das Nações Unidas).
A Otan também manifestou “grande preocupação” com o aprofundamento da parceria entre a Coreia do Norte e a Rússia.
Segundo a agência sul-coreana Yonhap News, em uma declaração divulgada pela Agência Central de Notícias da Coreia (KCNA), o porta-voz afirmou que a declaração promove uma nova Guerra Fria e confronto militar. Ele acrescentou que a situação demanda uma nova abordagem para enfrentar as tentativas dos EUA de ampliar suas alianças militares.
O regime de Kim Jong-un comprometeu-se a prevenir agressões e proteger a paz por meio de retaliações estratégicas mais robustas, conforme a declaração.
Durante a cúpula da Otan, Seul e Washington assinaram diretrizes para um sistema de dissuasão integrado na Península Coreana, visando enfrentar ameaças nucleares e militares da Coreia do Norte. O governo sul-coreano anunciou que os dois países farão exercícios militares conjuntos para implementar essas diretrizes, que incluem a presença de ativos nucleares dos EUA na região para dissuadir e responder a possíveis ataques de Pyongyang.