Coreia do Sul cita possível ataque do Norte e amplia alerta de ameaça terrorista

Seul coloca de prontidão suas missões diplomáticas no Laos, no Camboja e no Vietnã, além de consulados na Rússia e na China

O governo da Coreia do Sul elevou o risco de ameaça terrorista em cinco de suas missões diplomáticas no exterior, preparando-se para possíveis ataques da Coreia do Norte. O nível foi ampliado de “atenção” para “alerta”, o segundo mais alto, nas embaixadas de Laos, Camboja e Vietnã, bem como nos consulados de Vladivistok, na Rússia, e Shenyang, na China. As informações são do jornal South China Morning Post.

O nível ‘alerta”, dentro da classificação estabelecida pelos sul-coreanos que conta com quatro categorias, significa que a ameaça de um ataque terrorista é alta, conforme explicou o Ministério das Relações Exteriores.

A decisão de colocar as missões diplomáticas em prontidão surge após a inteligência nacional afirmar que coletou indicações de que o Norte se prepara para realizar ataques terroristas contra funcionários diplomáticos e civis.

Yoon Seok-yeol, presidente da Coreia do Sul (oto: Republic of Korea/Flickr)

Nos cinco países em que o alerta foi ampliado, Seul acusa Pyongyang de contar com novos agentes de inteligência destacados para vigiar as missões diplomáticas sul-coreanas.

Esta é a primeira vez desde 2009 que Seul amplia em dois níveis seu alerta de terrorismo. A última havia ocorrido durante cúpula da Asean (Associação das Nações do Sudeste Asiático) que ocorreu no país naquele ano.

“O ajuste surge em resposta às recentes informações recolhidas pelas nossas agências, indicando tentativas da Coreia do Norte de ameaçar o pessoal diplomático”, afirmou o governo sul-coreano em comunicado.

Ataques norte-coreanos contra civis e diplomatas da Coreia do Sul não ocorrem desde os tempos de Guerra Fria, quando agentes da nação comunista foram acusados inclusive de disparar contra aviões civis em Seul.

A Coreia do Norte, entretanto, figura desde 2017 na lista dos EUA de países patrocinadores do terrorismo. Naquele ano, Pyongyang foi acusada de matar Kim Jong-nam, meio irmão do líder comunista Kim Jong-un, em um aeroporto na Malásia.

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