Na quarta-feira (1º), a Malásia assumiu oficialmente a presidência da Associação das Nações do Sudeste Asiático (ASEAN) para o ano de 2025. O anúncio marca a quinta vez que o país lidera o bloco regional desde sua fundação em 1967, consolidando sua importância na diplomacia e no desenvolvimento da região. As informações são da agência estatal Bernama.

A cerimônia simbólica ocorreu durante as 44ª e 45ª Cúpulas da ASEAN, realizadas em outubro de 2024 em Vientiane, no Laos. O primeiro-ministro do Laos, Sonexay Siphandone, transferiu a presidência ao seu homônimo da Malásia, Anwar Ibrahim, que liderará o bloco sob o tema “Inclusão e Sustentabilidade”.

Com a nova liderança, a Malásia terá pela frente o desafio de abordar questões urgentes que afetam a estabilidade da região, como as disputas territoriais no Mar do Sul da China e a persistente guerra civil em Mianmar. Esses temas demandam uma abordagem equilibrada, capaz de fortalecer a coesão interna da ASEAN enquanto promove soluções pacíficas e sustentáveis.

De acordo com a notícia, a Malásia organizará mais de 300 eventos e reuniões ao longo do próximo ano, com destaque para áreas como inteligência artificial, energia renovável, turismo e saúde. Uma das iniciativas mais aguardadas é a realização da primeira Cúpula ASEAN-Conselho de Cooperação do Golfo (GCC) Plus China, prevista para maio de 2025. Além disso, o país sediará reuniões de cúpula entre líderes da ASEAN e nações parceiras, ampliando o alcance das relações internacionais do bloco.

Com uma história de presidência em 1977, 1997, 2005 e 2015, a Malásia reforça sua posição como um ator-chave na ASEAN. Atualmente, o bloco é composto por dez países-membros: Brunei, Camboja, Indonésia, Laos, Malásia, Mianmar, Filipinas, Cingapura, Tailândia e Vietnã. Juntas, essas nações abrigam mais de 700 milhões de habitantes e cobrem uma área de 4,5 milhões de quilômetros quadrados. Em 2023, o PIB combinado da ASEAN alcançou US$ 3,8 trilhões, posicionando-a como a quinta maior economia global.