Relatos da “devastação total” causada pelo supertufão Rai continuam a chegar das Filipinas, onde a ONU (Organização das Nações Unidas) lidera os esforços para atender às necessidades urgentes da população.

Em uma atualização divulgada nesta segunda-feira (20), o principal coordenador humanitário da entidade no arquipélago, Gustavo Gonzalez, disse que as equipes de avaliação da ajuda chegaram no fim de semana, pela primeira vez, às comunidades que precisavam de assistência emergencial.

Eles “conseguiram acessar as áreas e comunidades mais atingidas” pelos ventos sustentados de Rai por 195 quilômetros por hora, com rajadas de até 270 quilômetros por hora nas províncias das ilhas centrais, disse Gonzalez.

A função do coordenador é liderar a resposta das agências da ONU nas Filipinas, juntamente com ONGs e parceiros do setor privado no país, que estão trabalhando com o governo “para atender às necessidades imediatas de abrigo, saúde, alimentação, proteção” e outros meios de salvar vidas.

Segundo relatos, cerca de 1,8 milhão de pessoas foram afetadas pela catástrofe, e pelo menos 208 pessoas foram confirmadas como mortas desde que a tempestade atingiu o continente, na última quinta-feira(16). E esse número deve subir, vez que as autoridades consigam confirmar quantas pessoas morreram em deslizamentos de terra relatados e em razão das extensas inundações.

“Em nome da ONU e da Equipe Humanitária do País, nossa mensagem ao povo das Filipinas é de solidariedade e apoio”, disse o chefe de ajuda humanitária da ONU às Filipinas. “Estamos nos coordenando com as autoridades governamentais para garantir que oferecemos apoio oportuno e estamos totalmente mobilizados para abordar as lacunas críticas e as necessidades dos mais vulneráveis”.

Com cerca de 300 mil pessoas evacuadas conforme o supertufão atingiu as regiões centrais, as necessidades imediatas e prioritárias incluem alimentos, água potável, abrigo, combustível, kits de higiene, remédios e serviços de proteção.

Em novembro de 2013, o tufão Haiyan atingiu muitas das províncias centrais que foram arrasadas na semana passada, deixando mais de 6.3 mil mortos.

Todos os anos, as Filipinas enfrentam uma média de 25 tufões, além de terremotos regulares, enchentes e alertas de 21 vulcões ativos, que são o resultado de sua posição no Círculo de Fogo do Pacífico, assim chamado por causa do cinturão tectônico ativo em forma de ferradura que circunda a bacia do Pacífico.

_{Conteúdo adaptado do material publicado originalmente em inglês pela ONU News}