Forças Armadas passam a administrar hospitais móveis em Honduras

Decisão ocorreu após denúncias de corrupção em estruturas emergenciais na capital Tegucigalpa e em San Pedro Sula

Após denúncias de corrupção e desvio de dinheiro, as Forças Armadas de Honduras passarão a administrar os hospitais móveis construídos para tratamento da Covid-19.

De acordo com o jornal colombiano El Heraldo, com a mudança a Secretaria de Saúde apenas proverá os fundos e a equipe profissional.

Já a administração passa a ser responsabilidade de membros de alto escalão das Forças Armadas do país.

Forças Armadas passam a administrar hospitais móveis em Honduras
Sete hospitais móveis estão sendo instalados no país (Foto: Secretaria de Saúde de Honduras)

“As Forças Armadas colocarão um diretor e um assessor que lhes ajudem em pequenas coisas, não vão dar soluções à situação econômica [dos recursos utilizados], disse o general José Ernesto Leva Bulnes, titular da Junta Interventora de Honduras.

Atualmente dois dos sete hospitais móveis comprados em Honduras estão sob suspeita de irregularidades. Uma investigação denunciou que mais de 1,1 milhão de lempiras hondurenhas (cerca de US$ 40 mil) podem ter sido desviadas no processo de instalação das estruturas.

Inicialmente, o governo hondurenho havia afirmado que a Cruz Vermelha se encarregaria da gestão dos espaços. O convênio, porém, foi cancelado mesmo após a assinatura do acordo.

Setores da opinião pública de Honduras já divergem sobre a decisão do Poder Executivo, aumentando a desconfiança sobre a Secretaria de Saúde.

Os primeiros hospitais móveis ainda estão em processo de instalação nas cidades de Tegucigalpa, capital do país, e San Pedro Sula.

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