Proibir que os fiéis toquem ou beijem objetos de devoção e distribuir alimentos embrulhados são algumas das recomendações da OMS (Organização Mundial da Saúde) para templos religiosos divulgadas nesta quinta (9), com a proximidade da Páscoa para cristãos e judeus e do Ramadã dos muçulmanos em tempos de coronavírus.
Isso se não for possível fazer uma “live” nas redes sociais, segundo o documento. Neste caso, os encontros, quando permitidos pelas autoridades locais, devem terminar o mais rápido possível. Outra recomendação é oferecer álcool em gel, lenços para o rosto ou torneiras para lavar mãos e pés, sobretudo em templos onde é preciso tirar os sapatos na hora de entrar.
Quem fizer questão de se aproximar do altar deve apenas se curvar e manter uma distância de pelo menos um metro do sacerdote para receber uma bênção. Na hora de cumprimentar alguém, uma das sugestões é manter contato visual e fazer uma leve reverência, dizendo “a paz” ao interlocutor.
O objetivo da OMS com a cartilha para templos religiosos é auxiliar os religiosos a “promover informações úteis, prevenir e diminuir medo e estigma, prover conforto às pessoas em suas comunidades e práticas que auxiliam a saúde”.
A Páscoa judaica já começou nesta quarta (8), enquanto os cristãos iniciam as festividades dois dias depois, na sexta. No dia 23, o Ramadã começa a ser observado pelos islâmicos.
Nesta quinta, 100º dia após a primeira notificação do novo coronavírus à OMS, ainda como “pneumonia de causa desconhecida”, a entidade já contabilizava 1,4 milhão de casos e 85,5 mil mortes. No Brasil, segundo o Ministério da Saúde, o dia terminou com 17,8 mil casos e 941 mortes.