A cooperação internacional na ciência e aumento nos investimentos para a cura da Covid-19 foram tema de uma reunião online com representantes de 122 países, convocados pela Unesco (Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura) no último dia 30.
O representante brasileiro foi o ministro Marcos Pontes, da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações. Outros 77 ministros estavam presentes, além de secretários de governo das nações participantes.
O principal tema foi a criação de uma “recomendação internacional” de ciência aberta. A ferramenta teria como objetivo aumentar a cooperação científica, por meio dos programas de pesquisa, entre os países.

Para Audrey Azoulay, diretora-geral da Unesco, a pandemia do novo coronavírus foi útil para trazer a ciência, na pesquisa e na cooperação entre nações, de volta a um papel de protagonismo.
Deve haver maior troca de dados e informações entre os países, componente “verdadeiramente fundamental” para o avanço nos estudos sobre a Covid-19, afirmou Soumya Swaminathan, cientista-chefe da Organização Mundial da Saúde (OMS).
Também foram debatidas questões como incentivos à pesquisa científica, esforços para conscientizar tomadores de decisão, intelectuais e sociedade civil a permitir acesso aos dados e seus resultados, além de recursos e infraestrutura para a ciência.
Entre as principais medidas já tomadas pela comunidade científica estão abertura de dados, como liberação do acesso de periódicos em papers sobre o coronavírus, inclusive com os artigos mais recentes. Também foram criados consórcios internacionais, que permitiram avanços como o sequenciamento do DNA do Covid-19 em algumas semanas.