Aliado de Navalny, Ivan Pavlov entra na lista de procurados da Rússia

O ministério do Interior da Rússia não esclareceu os crimes para acusar o ex-diretor da Fundação Anticorrupção

Ivan Pavlov, o ex-diretor da Fundação Anticorrupção de Alexei Navalny, entrou para a lista de procurados da Rússia. O ministério do Interior russo não especificou o crime para ordenar a prisão, registrou o diário “The Moscow Times”.

Exilado na Lituânia, Zhdanov disse em seu perfil no Instagram que há “uma dúzia de processos criminais” movidos contra ele. “Eu não sei a que a busca está relacionada. É difícil descobrir por qual [processo] me incriminarão”.

Aliado a Navalny, Ivan Pavlov entra na lista de procurados da Rússia
Registro de Ivan Pavlov na lista de procurados da Rússia, junho de 2021 (Foto: Reprodução/Twitter/Ivan Zhdanov)

Na quinta (11), um tribunal de Moscou oficializou a classificação da organização de Navalny como “extremista”, posição que coloca o grupo ao lado de organizações como Al Qaeda e Estado Islâmico.

Pavlov já havia sido detido no início de maio, quando oficiais realizaram uma busca em seus escritórios e residências. O próprio pai de Pavlov, um ex-funcionário público russo, está em prisão preventiva sob acusações de corrução. Outros funcionários da Fundação Anticorrupção já deixaram a Rússia.

Perseguição

A pressão sobre os apoiadores de Navalny, preso desde janeiro, ocorre três meses antes das principais eleições parlamentares da Rússia. Uma nova lei proibiu que pessoas ligadas a grupos extremistas concorram ao pleito.

Além de Zhdanov, outros associados a Navalny também enfrentam acusações judiciais. A advogada da organização do político, Lyubov Sobol, está sendo processada por invadir o apartamento de um agente do FSB (Serviço de Segurança Federal da Rússia), o que pode lhe inferir anos de prisão. Ela nega as acusações.

Moscou apertou o cerco contra a oposição desde que o principal opositor do presidente russo Vladimir Putin ganhou notoriedade global após sobreviver a uma tentativa de envenenamento, em agosto. Ele foi detido ao retornar da Alemanha e fez greve de fome em protesto à falta de atendimento médico na prisão.

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