Ucrânia alega ter tirado mais de 450 mil soldados russos de ação desde o início da guerra

Números de Kiev se aproximam dos de um balanço recente do Reino Unido sobre mortos e feridos nas tropas de Moscou

O Ministério da Defesa da Ucrânia atualizou nesta semana suas estatísticas da guerra contra a Rússia, divulgadas periodicamente nas redes sociais. Kiev alega que já conseguiu tirar de combate mais de 450 mil soldados russos desde o início do conflito, em 24 de fevereiro de 2022, até esta sexta-feira (12).

Entre mortos e feridos, o governo ucraniano calcula que Moscou já perdeu 451.730 combatentes. Kiev também alega ter destruído mais de sete mil tanques, mais de 13 mil veículos blindados de combate, cerca de 11 mil peças de artilharia, pouco mais de mil lançadores de mísseis, 347 jatos, 325 helicópteros e 26 navios de combate.

Equipe de morteiros da Guarda Nacional da Ucrânia dispara no Oblast de Zaporizhzhya, janeiro de 2024 (Foto: WikiCommons)

As perdas humanas, que carecem de verificação independente, são compatíveis com uma estimativa divulgada no início de março pelo Ministério da Defesa do Reino Unido, que também usa a rede social X, antigo Twitter, para publicar um balanço periódico do conflito.

Em uma postagem do dia 3 de março, o governo britânico afirmou que a Rússia havia perdido, até ali, cerca de 355 mil militares, entre mortos e feridos. E alertou na oportunidade que as baixas diárias vinham aumentando devido à intensificação dos combates, chegando a quase mil por dia.

Moscou e Kiev não divulgam números oficiais de baixas em suas fileiras, de forma a não comprometer o moral das tropas e da população e não influenciar a opinião pública. Assim, balanços extraoficiais, como o do governo britânico, são a única fonte de dados.

Um dos registros mais confiáveis nesse sentido é proveniente de uma investigação conduzida pelo site Mediazona e a rede BBC em parceria, que lista mortes confirmadas do lado russo. E já são quase 50 mil soldados que perderam a vida defendendo a Rússia na guerra.

Os investigadores dos dois veículos de mídia usam informações publicamente disponíveis, como documentos oficiais, manifestações de familiares em redes sociais e publicações da imprensa regional. Até a atualização mais recente, do dia 29 de março, foram confirmadas as mortes de 49.281 combatentes.

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