O secretário de Estado dos EUA, Antony Blinken, comparou na quarta-feira (29) uma recente posição política do líder separatista sérvio-bósnio Milorad Dodik à do presidente russo, Vladimir Putin. O paralelo traçado entre os líderes diz respeito à repressão contra a oposição e os direitos da comunidade LGBT. As informações são da agência Associated Press.
“Os ataques de Milorad Dodik aos direitos e liberdades básicos na Republika Srpska mostram que ele está no caminho autoritário do presidente (russo) Vladimir Putin”, escreveu em sua conta no Twitter o principal diplomata norte-americano.
Milorad Dodik’s attacks on basic rights and freedoms in Republika Srpska show he is on President Putin’s authoritarian path. @StateDept, represented by Amb. Murphy, continues to advocate for the democratic and prosperous future that all citizens of Bosnia and Herzegovina deserve.
— Secretary Antony Blinken (@SecBlinken) March 29, 2023
Blinken acrescentou que Washington, representada pelo embaixador em Sarajevo, Michael Murphy, “continua a defender o futuro democrático e próspero que todos os cidadãos da Bósnia e Herzegovina merecem”.
Os comentários vieram após Dodik, presidente da Republika Srpska, a região autônoma de maioria sérvia dentro do país, anunciar na semana passada que em breve será aprovada uma lei proibindo os LGBT de entrar em creches, escolas e universidades.
“A decisão é baseada no desejo das autoridades locais de preservar os valores familiares tradicionais do povo da Republika Srpska”, justificou Dodik.
Dodik, um político pró-Rússia, rejeitou as críticas ocidentais e disse que romperia relações com as embaixadas americana e britânica na Bósnia. Ele descartou a necessidade de apoio dos EUA e criticou o envolvimento de Washington no país nos Balcãs, incluindo o apoio financeiro contínuo.
Dodik disse anteriormente que a política praticada por EUA e do Reino Unido transformou a Bósnia e Herzegovina em um país “amaldiçoado”, que tem como objetivo dissolver a Republika Srpska.
De acordo com Dodik, os sérvios locais não acreditam que os governos norte-americano e britânico sejam amigáveis com eles.