Continuam os ataques ao Alcorão na Dinamarca

Sob proteção policial, o grupo anti-islâmico Danske Patrioter queimou o livro sagrado dos muçulmanos em frente a embaixadas e uma mesquita em Copenhague

Na sexta-feira (11), o grupo dinamarquês anti-islâmico e ultranacionalista Danske Patrioter fez novos ataques direcionados ao Alcorão, o livro sagrado muçulmano, apesar da forte rejeição que essas ações têm recebido. As informações são da agência Anadolu.

Diante das embaixadas do Paquistão, Argélia, Indonésia e Marrocos, além de uma mesquita em Copenhague, membros do coletivo incendiaram cópias do Alcorão. Durante os atos provocativos, que foram realizados sob proteção policial, os manifestantes extremistas entoaram slogans anti-islâmicos.

O Danske Patrioter (“Patriotas Dinamarqueses”, em tradução literal) é conhecido por praticar atos provocativos e extremistas, como queimar cópias do livro sagrado, em frente a embaixadas de países muçulmanos e mesquitas. Suas ações, conectadas à extrema direita, têm gerado ampla condenação por parte da sociedade e das autoridades dinamarquesas.

Membros do grupo de extrema direita Danske Patrioter em frente à embaixada iraquiana em Copenhague (Foto: Facebook/Reprodução)

Vídeos compartilhados pelo grupo no Facebook, anteriormente restritos, agora são de conhecimento público. Durante um protesto ocorrido no mês passado, o Danske Patrioter queimou uma bandeira iraquiana em frente à embaixada do Iraque em Copenhague. Esse ato foi transmitido ao vivo nas redes sociais.

O ministro das Relações Exteriores da Dinamarca, Lars Lokke Rasmussen, classificou o incidente como um ato de “estupidez” praticado por alguns indivíduos. Em uma entrevista à emissora nacional DR, ele expressou: “É lamentável insultar a religião alheia dessa maneira vergonhosa”.

Nos últimos meses, observou-se uma série de incidentes nos quais o Alcorão foi queimado, profanado ou alvo de tentativas semelhantes por parte de figuras e grupos islamofóbicos, especialmente na região norte da Europa e nos países nórdicos.

Essas ações têm gerado indignação tanto nos países muçulmanos, incluindo o ataque à embaixada da Suécia no Iraque, que foi incendiada no mês passado, quanto em todo o mundo.

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