O Kremlin classificou como “alarmantes” os planos da França de enviar soldados para a Ucrânia, segundo o porta-voz Dmitry Peskov. A informação veio à tona após relatório do Serviço de Inteligência Russo (SVR), que apontou que Paris estaria preparando cerca de 2.000 militares para atuar ao lado das forças ucranianas. As informações são da agência Anadolu.
Questionado sobre a retomada das negociações de paz, Peskov afirmou que a pausa no diálogo se deve à relutância de Kiev em continuar o processo e em responder às propostas russas em áreas políticas, militares e humanitárias.
Não houve resposta imediata da França, que integra a chamada “coalizão dos dispostos”, um grupo de países prontos para enviar tropas assim que o conflito terminar.

O porta-voz do Kremlin também criticou declarações do primeiro-ministro polonês, Donald Tusk, sobre o suposto direito da Ucrânia de atacar infraestrutura russa na Europa, afirmando que tais comentários equivalem a “justificar atos terroristas”.
Peskov alertou que o aumento do apoio europeu à Ucrânia terá custos diretos para os contribuintes. Além disso, garantiu que Moscou manterá comunicações ininterruptas com Kaliningrado, em resposta a ameaças da Lituânia.
O porta-voz ressaltou ainda que a Rússia oferece recursos energéticos competitivos a países como Hungria, China e Índia, permitindo que cada nação decida sobre compras de petróleo e gás russos.
Em assuntos internacionais, Peskov mencionou que Putin e a ministra das Relações Exteriores da Coreia do Norte, Choe Son Hui, discutiram o fortalecimento de alianças e parcerias, mas não comentou sobre uma possível visita de Kim Jong-un à Rússia.