ONU celebra dez milhões de toneladas de grãos enviados pelo Mar Negro

Exportações partindo da Ucrânia foram retomadas com o aval de Moscou, e agora as artes debatem a formalização do acordo

A Iniciativa de Grãos do Mar Negro completou o envio de dez milhões de toneladas de insumos, segundo o secretário-geral da ONU (Organização das Nações Unidas. António Guterres fez o anúncio na quinta-feira (3), falando a jornalistas na sede em Nova York.

Após incertezas com a saída temporária da Rússia do acordo de grãos, o chefe das Nações Unidas destacou que o mundo entende a importância da iniciativa e agradeceu a contribuição do governo turco na mediação que levou Moscou a permitir a retomada das exportações.

Agora, o secretário-geral pede às partes que concentrem esforços na renovação e plena implementação da Iniciativa do Mar Negro. Guterres também fez um apelo pela remoção dos obstáculos remanescentes às exportações de alimentos e fertilizantes russos.

Grãos de milho: exportações da Ucrânia são cruciais em meio à crise alimentar global (Foto: Flickr)

Respondendo a questões de jornalistas, o líder das Nações Unidas declarou que a guerra na região “está longe do fim”, mas reforçou sua determinação em seguir com esforços para manter os avanços alcançados pelo acordo de grãos.

Para Guterres, “devemos estar determinados com o que for necessário para garantir a renovação da Iniciativa de Grãos do Mar Negro e, ao mesmo tempo, resolver as questões sobre os alimentos e fertilizantes russos”.

Acordo em Tigré

Sobre o acordo de paz anunciado nesta quarta-feira entre o Governo Federal da Etiópia e a TPLF (Frente de Libertação do Povo Tigré), Guterres agradeceu a mediação da União Africana (UA) e destacou que tanto a Iniciativa do Mar Negro quanto o acordo etíope “são demonstrações do poder do multilateralismo em ação”.

Para ele, esse também é o espírito esperado na COP27, que começa neste domingo (6) em Sharm el-Sheikh, no Egito. Guterres afirmou que o evento deve ser “o lugar para reconstruir a confiança e restabelecer a ambição necessária para evitar levar nosso planeta ao precipício climático”.

O secretário-geral da ONU concluiu afirmando que o evento global deve estabelecer as bases para uma ação climática mais rápida e ousada e lembrou que esta década é crucial para ganhar ou perder a “luta climática global”.

Conteúdo adaptado do material publicado originalmente pela ONU News

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