Os Estados Unidos condenaram, na quarta-feira (10), a detenção contínua de funcionários locais, atuais e antigos, da embaixada norte-americana no Iêmen pelos houthis. O caso aprofunda a tensão diplomática e reacende alertas internacionais sobre violações de direitos humanos no país. As informações são do The Jerusalem Post.
O porta-voz do Departamento de Estado, Tommy Pigott, afirmou que “os Estados Unidos condenam a contínua detenção ilegal, pelos houthis, de funcionários locais, atuais e antigos, da Missão dos EUA no Iêmen”. Segundo ele, as prisões e os processos considerados fraudulentos “são mais uma prova de que os houthis dependem do uso do terror contra seu próprio povo como forma de se manter no poder”.

A crise envolvendo detenções ganhou repercussão global. A ONU (Organização das Nações Unidas) criticou a decisão dos houthis de encaminhar parte dos trabalhadores detidos para um tribunal penal especial. O secretário-geral das Nações Unidas, António Guterres, classificou o ato como uma violação grave, conforme informou seu porta-voz.
Stephane Dujarric, porta-voz da ONU, afirmou que 59 funcionários iemenitas da organização foram detidos arbitrariamente. Segundo ele, muitos estão sendo mantidos incomunicáveis há anos, sem devido processo legal, em afronta direta ao direito internacional. Dujarric lembrou ainda que funcionários da ONU, incluindo cidadãos iemenitas, têm imunidade judicial no exercício de suas funções oficiais.
Imagens recentes mostram manifestantes em Sanaa celebrando o cessar-fogo entre Israel e Hamas em Gaza. Muitos eram apoiadores dos houthis, reforçando o clima político polarizado no país e a influência crescente do grupo armado.