O presidente do Irã, Masoud Pezeshkian, declarou nesta terça-feira (24) na Assembleia Geral das Nações Unidas que o país “nunca tentou e nunca tentará construir uma bomba nuclear”. O discurso ocorre em meio à pressão internacional sobre o programa nuclear iraniano e ao anúncio da volta de sanções da ONU (Organização das Nações Unidas), impulsionadas por Reino Unido, França e Alemanha. As informações são da France24.
Pezeshkian acusou Israel de ser o verdadeiro fator de instabilidade no Oriente Médio, ao mesmo tempo em que criticou o fato de o Irã ser punido com novas restrições. Ele também classificou como “traição à diplomacia” os ataques aéreos do Estado judeu e dos Estados Unidos contra cidades e infraestrutura iranianas. Segundo Teerã, mais de mil pessoas já morreram nessas ofensivas.

O líder iraniano voltou a sustentar que o programa nuclear do país tem fins pacíficos, apoiando-se em um decreto religioso do aiatolá Ali Khamenei que proíbe o desenvolvimento de armas nucleares. A inteligência dos Estados Unidos, até o momento, não concluiu que o Irã tenha decidido construir uma bomba.
Apesar disso, Israel, os EUA e países europeus mantêm desconfiança diante dos avanços tecnológicos iranianos. Os europeus agora buscam reativar sanções suspensas no acordo nuclear de 2015, conhecido como Plano de Ação Conjunto Global (JCPOA), firmado pelos EUA e posteriormente abandonado pelo então presidente Donald Trump.
Na semana, o chanceler iraniano Abbas Araghchi se reuniu com representantes da Europa, mas não houve progresso além do compromisso de manter as negociações. Pezeshkian acusou os europeus de má-fé, afirmando que Teerã apenas reagiu à retirada unilateral dos EUA do pacto.