Um ataque suicida contra uma igreja ortodoxa grega em Damasco, na Síria, deixou ao menos 20 mortos e 52 feridos no domingo (22). O atentado ocorreu durante uma missa na Igreja Mar Elias, no bairro de Dweila, segundo informações divulgadas pelo Ministério da Saúde sírio e reproduzidas pela rede CNN.
De acordo com o Ministério do Interior da Síria, o responsável foi um homem-bomba ligado ao grupo terrorista Estado Islâmico (EI). O agressor abriu fogo contra os fiéis antes de acionar os explosivos presos ao corpo. A explosão aconteceu na entrada da igreja, em um momento de grande concentração de pessoas, relatou o Patriarcado Ortodoxo Grego de Antioquia.
Imagens divulgadas nas redes sociais sírias mostram cenas de destruição dentro da igreja, com corpos espalhados, vidros quebrados, cadeiras destruídas e sangue por todo o local onde a cerimônia religiosa acontecia. Equipes da Defesa Civil da Síria, conhecidas como Capacetes Brancos, atuaram no socorro às vítimas e na remoção dos corpos.
Em comunicado, o Patriarcado expressou pesar pelas vítimas. “A mão traiçoeira do mal golpeou neste domingo”, afirmou. “Uma explosão ocorreu na entrada da igreja, resultando na morte de numerosos mártires e ferimentos em muitos outros que estavam dentro da igreja ou em suas proximidades.”
A entidade também reforçou sua posição contra o terrorismo: “Reafirmamos nosso compromisso inabalável com a fé e, por meio dessa firmeza, nossa rejeição a todo medo e intimidação.”
O enviado especial das Nações Unidas para a Síria, Geir O. Pedersen, também se pronunciou. Seu escritório classificou o ataque como um “crime hediondo” e pediu união contra o terrorismo. “O senhor Pedersen conclama todos a se unirem no repúdio ao terrorismo, ao extremismo, à incitação e ao ataque contra qualquer comunidade na Síria. Ele envia suas mais profundas condolências às famílias das vítimas e deseja pronta recuperação aos feridos”, destacou a nota.
Diversos países manifestaram condenação ao atentado. Entre eles, Turquia, Jordânia, Iraque, Israel, Grécia, Chipre, Emirados Árabes Unidos, Catar, Arábia Saudita, Autoridade Palestina, Iêmen, Omã, Bahrein, Ucrânia, Áustria, Bélgica, República Tcheca e Holanda.
O enviado especial dos Estados Unidos para a Síria, Thomas Barrack, classificou a ação como um ato de “covardia” e afirmou que ela “não tem lugar no novo tecido de tolerância e inclusão que os sírios estão tecendo”.