As autoridades de saúde palestinas anunciaram que o número de mortos na guerra entre Israel e militantes do Hamas superou 45 mil, com 106.962 feridos desde o início do conflito em outubro de 2023. Os números incluem um número significativo de mulheres e crianças, enquanto o Estado judeu afirma ter eliminado mais de 17 mil combatentes do grupo militante, sem fornecer provas conclusivas. As informações são da Associated Press.
A guerra, iniciada após um ataque coordenado do Hamas no sul de Israel, que matou 1,2 mil pessoas e sequestrou outras 250, tem devastado Gaza, uma área densamente povoada com cerca de 2,3 milhões de habitantes antes do conflito. Estima-se que 2% da população do enclave tenha perdido a vida.
Nos últimos dias, esforços de mediação envolvendo Catar, Egito e Estados Unidos intensificaram-se, alimentando esperanças de um cessar-fogo. Israel Katz, ministro da Defesa israelense, expressou otimismo, destacando que as negociações estão mais próximas de um acordo do que em qualquer momento anterior.

Tragédia humanitária
O impacto na população civil tem sido catastrófico. Nas últimas 24 horas, ataques aéreos deixaram mais de 50 feridos, e uma família inteira foi morta em Shijaiyah, Gaza. No domingo, um bombardeio em uma escola em Khan Younis matou 13 pessoas, incluindo seis crianças.
O exército israelense justificou as operações, alegando que o Hamas utiliza áreas civis como base, mas organizações de direitos humanos criticam a falta de medidas para proteger os civis.
Cerca de 100 reféns ainda permanecem em Gaza, com pelo menos um terço relatado como morto. Em novembro de 2023, um acordo temporário resultou na libertação de 105 reféns, mas novos progressos são necessários.