Especialistas alertam que milhões de palestinos na Faixa de Gaza estão sendo expostos a ar poluído e tóxico, uma verdadeira “sentença de morte”. No enclave sitiado e sob constante bombardeio, centenas de milhares de pessoas enfrentam problemas respiratórios, com médicos prevendo que o número de casos aumentará à medida que as bombas israelenses liberam mais substâncias químicas no ar, misturando-se à poeira dos inúmeros escombros que cobrem Gaza. As informações são do Middle East Monitor.
A crise de saúde em Gaza deve se agravar quando o sistema médico for restaurado e os hospitais voltarem a operar, permitindo a realização de testes e serviços básicos destruídos pelos ataques israelenses.
Riyad Abu Shamala, otorrinolaringologista em Gaza, alerta para um possível aumento de defeitos congênitos e casos de câncer de pulmão, especialmente quando departamentos como radiologia e tomografia forem reativados. Ele prevê um agravamento geral da situação devido à deterioração das condições de vida, aumento da poluição e contaminação do ar e da água.
Desde 7 de outubro do ano passado, a Organização Mundial da Saúde (OMS) relatou 995 mil casos de infecções respiratórias agudas no enclave.
Outro fator poluente é o uso de óleo vegetal como substituto do diesel, segundo o médico. As condições de vida em Gaza são extremas, com superlotação em campos de deslocados, onde milhares de tendas ficam próximas a pilhas de lixo, exacerbando a crise de saúde. Além disso, a imunidade das pessoas está comprometida devido à desnutrição, já que muitos dependem de alimentos enlatados como principal fonte de sustento.