O governo norte-americano enviou um representante ao Líbano na tentativa de acalmar os ânimos na fronteira com Israel e impedir que uma guerra ampla se inicie entre o Estado judeu e o grupo libanês Hezbollah, patrocinado pelo Irã. As informações são da rede Voice of America (VOA).
Amos Hochstein, conselheiro sênior do presidente dos EUA, Joe Biden, foi o escolhido para liderar a missão diplomática. Ele chegou a Beirute na terça-feira (18), no momento em que crescem as hostilidades na região fronteiriça iniciadas em 8 de outubro, um dia após o ataque do Hamas a Israel que gerou uma resposta militar dura dos israelenses na Faixa de Gaza.
As ações militares de Israel dentro do território libanês chegaram a matar um importante líder do Hezbollah em janeiro deste ano, quando um drone atingiu o sul do Líbano. O homem morto, identificado como Wissam al Tawil, era vice-chefe de uma unidade da força de elite Radwan do grupo extremista.
Nesta quarta-feira (19), a agência Associated Press (AP) anunciou mais um ataque no sul do Líbano, com três combatentes do Hezbollah entre as vítimas. No mesmo dia, segundo a VOA, um drone usado pelo grupo libanês atingiu um tanque israelense.
Hassan Nasrallah, líder do Hezbollah, afirmou que não interromperá os ataques se o primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, “insistir na guerra”, o que segundo ele levaria o Estado judeu “ao desastre”, enquanto a facção libanesa festejaria uma “orgulhosa vitória histórica.”
Por sua vez, o porta voz das Forças de Defesa de Israel (IDF, na sigla em inglês), Daniel Hagari, afirmou que o maior prejudicado acaba sendo o país que hospeda o Hezbollah. “A crescente agressão do Hezbollah está nos levando à beira do que poderá ser uma escalada mais ampla, que poderá ter consequências devastadoras para o Líbano e toda a região”, disse.