Conteúdo adaptado de material publicado originalmente pela ONU News
A guerra na Faixa de Gaza entrou no seu quinto mês na quarta-feira (7), contabilizando 27.585 palestinos mortos e quase 70 mil feridos. Na data, o subsecretário-geral da ONU (Organização das Nações Unidas) para assuntos humanitários saudou as primeiras indicações de um “avanço potencial” nas negociações para um cessar-fogo e a libertação de todos os reféns restantes.
Comentando a mais recente iniciativa internacional pela paz em Gaza, liderada por Egito, Catar e Estados Unidos, Martin Griffiths mencionou “notícias potencialmente positivas” em torno dos “enormes esforços” envolvidos.
O chefe humanitário destacou a possibilidade de “um longo período de pausa nos combates para permitir a saída de reféns e de prisioneiros palestinos.”
Falando a jornalistas em Genebra nesta quarta-feira, Griffiths disse que esta fase poderá ser seguida por outro período de calma “que poderá levar ao fim da guerra” entre o Hamas e Israel.
“Cerco intensificado” em torno de hospital
Segundo o Escritório das Nações Unidas para Assuntos Humanitários (Ocha), “bombardeios intensos” continuaram em grande parte da Faixa de Gaza, particularmente na cidade de Khan Younis, na terça-feira (6).
O escritório afirmou que combates intensos continuam a ser relatados perto dos hospitais Nasser e Al Amal em Khan Younis. A situação coloca em risco a segurança do pessoal médico, dos feridos e dos doentes, bem como de milhares de pessoas deslocadas internamente que procuram refúgio em ambos os hospitais.
Citando a autoridade de saúde local, o boletim mais recente do Ocha observa que as forças israelenses “intensificaram o cerco” ao Hospital Nasser em Khan Younis, colocando em risco “300 profissionais médicos, 450 feridos e cerca de dez mil pessoas deslocadas que procuram abrigo no complexo hospitalar”.
“Faltam quatro dias de combustível”
A agência humanitária da ONU destacou ainda que há “uma grave escassez de suprimentos cirúrgicos e suturas, e estima-se que restem quatro dias da quantidade de combustível necessária para alimentar os geradores hospitalares.”
De acordo com o Ocha, outro soldado israelense teria sido morto durante a operação terrestre de 5 a 6 de fevereiro, elevando o número total de mortes de militares de Israel para 224, com 1.304 feridos.