ONU alerta que Iêmen pode ficar preso em ‘ciclo de retaliações’

Após novos ataques contra a nação árabe, secretário-geral pede máxima contenção e interrupção de todas as atividades militares

Conteúdo adaptado de material publicado originalmente pela ONU News

O secretário-geral da ONU (Organização das Nações Unidas), António Guterres, expressou preocupação com a situação no Iêmen e no Mar Vermelho após ataques dos EUA em áreas controladas pelos rebeldes Houthis no país.

O grupo, que é apoiado pelo Irã, está em guerra civil, há vários anos, no país árabe. Desde o fim de 2023, eles também passaram a atacar deliberadamente navios cargueiros e outras embarcações no Mar Vermelho, que é uma importante rota marítima comercial.

Risco de escalada

Segundo os Houthis, pelo menos 53 pessoas morreram, incluindo crianças, na ofensiva norte-americana do fim de semana no Iêmen.

Ao todo, os rebeldes já atacaram mais de cem embarcações. Mas desde janeiro, teria havido uma pausa nas ofensivas.

Crianças brincam em frente a casa destruída por ataque aéreo na capital do Iêmen, Sanaa, em julho de 2019 (Foto: Unicef/Alessio Romenzi)

O secretário-geral pediu respeito ao direito internacional e à resolução 2768 do Conselho de Segurança, que exige o fim dos ataques contra embarcações comerciais.

Guterres apelou por “máxima contenção e interrupção de todas as atividades militares”, enfatizando que qualquer escalada adicional pode “agravar as tensões regionais”.

Redução da tensão

O líder da ONU está preocupado com “ciclos de retaliação” que podem desestabilizar ainda mais o Iêmen e representar graves riscos a já “terrível” situação humanitária no país.

A nota afirma que as Nações Unidas continuam comprometidas em cooperar para uma redução mais ampla da tensão no Iêmen e dialogar com as partes interessadas iemenitas, bem como atores regionais e internacionais.

A meta da organização é garantir uma resolução sustentável e pacífica para o conflito e um futuro melhor para o povo iemenita.

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