Conteúdo adaptado de material publicado originalmente pela ONU News
As Nações Unidas finalizaram com sucesso, na sexta-feira (11), a transferência de petróleo do navio-tanque FSO Safer na costa do Mar Vermelho do Iêmen, impedindo a ameaça de um grande vazamento.
Mais de 1,1 milhão de barris de petróleo foram transferidos para o navio substituto numa intervenção que durou 18 dias.
O FSO Safer é um superpetroleiro decadente que corria o risco de quebrar ou explodir há anos. Segundo o secretário-geral da ONU, António Guterres, um derramamento de óleo da embarcação resultaria em “uma catástrofe ambiental e humanitária colossal”.
O administrador do Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (Pnud), Achim Steiner, afirmou que “a ameaça imediata de um derramamento foi evitada.”
Ele ressaltou que essa foi “uma das ações preventivas mais significativas dos últimos anos”
Para Steiner, este “é um momento de orgulho para muitas pessoas em todo o mundo.” Ele agradeceu aos membros do sistema ONU, doadores e parceiros que “trabalharam incansavelmente nos últimos meses e anos para evitar um desastre em um país já vulnerável, após anos de conflito”
O Pnud está implementando a operação e afirmou que o máximo possível dos 1,14 milhão de barris foi extraído.
No entanto, menos de 2% da carga original de óleo ficou misturada com sedimentos que serão removidos durante a limpeza final.
O secretário-geral das Nações Unidas disse que saúda a notícia de que “a transferência de petróleo do FSO Safer foi concluída com segurança”.
Guterres reafirmou o compromisso da ONU de concluir o projeto, inclusive por meio da entrega de uma boia especializada à qual a embarcação de substituição será amarrada com segurança.
Ele expressou gratidão às autoridades iemenitas e lembrou que financiamento adicional será necessário para terminar a operação e remover qualquer ameaça ambiental remanescente ao Mar Vermelho.
O chefe da equipe da ONU e coordenador humanitário no Iêmen, David Gressly, disse que a finalização da transferência é “um grande marco”.
Ele destacou que uma “notável coalizão global se uniu sob a liderança da ONU para evitar o pior cenário de um derramamento de óleo catastrófico no Mar Vermelho.”