Treze policiais são mortos em suposto ataque do Estado Islâmico no Iraque

Norte do país, região onde ocorreu o ataque, é reduto de atividades de rebeldes remanescentes do EI

Treze policiais federais iraquianos foram mortos supostamente por combatentes do grupo Estado Islâmico (EI), e outros cinco ficaram feridos durante um ataque noturno a um posto de controle em um vilarejo próximo da cidade de Kirkur, relataram autoridades locais neste domingo (5). As informações são do jornal turco Daily Sabah.

Para impedir a aproximação de reforços ao local durante a ofensiva, os rebeldes usaram bombas à beira da estrada de acesso, explodindo três viaturas da polícia. Sob anonimato, uma fonte de segurança revelou à agência Associated Press (AP) que o confronto se estendeu por quase uma hora.

Embora nenhum grupo extremista tenha reivindicado a responsabilidade, o norte do Iraque é reduto de atividades de remanescentes do EI. Uma fonte policial ouvida pela reportagem confirmou o envolvimento dos jihadistas.

Polícia iraquiana é alvo de eventuais emboscadas do EI nas estradas ao norte do país (Foto: Luke P. Thelen/Wikimedia Commons)

Por que isso importa?

Em 2017, o exército anunciou ter derrotado o EI no Iraque, com a retomada de todos os territórios dominados pela milícia desde 2014. O grupo, que já chegou a controlar um terço do território iraquiano, hoje mantém apenas células adormecidas que lançam ataques esporádicos.

Desde então, houve uma redução das ações da organização terrorista no país. No entanto, as forças de segurança iraquianas ainda são alvo de ataques surpresa e bombas pelas estradas da região montanhosa ao norte onde se escondem os extremistas.

No Brasil

Casos mostram que o Brasil é um “porto seguro” para extremistas. Em dezembro de 2013, um levantamento do site The Brazil Business indicava a presença de ao menos sete organizações terroristas no Brasil: Al Qaeda, Jihad Media Battalion, Hezbollah, Hamas, Jihad Islâmica, Al-Gama’a Al-Islamiyya e Grupo Combatente Islâmico Marroquino.

Em 2001, uma investigação da revista VEJA mostrou que 20 membros terroristas de Al-Qaeda, Hamas e Hezbollah viviam no país, disseminando propaganda terrorista, coletando dinheiro, recrutando novos membros e planejando atos violentos.

Em 2016, duas semanas antes do início dos Jogos Olímpicos no Rio, a PF prendeu um grupo jihadista islâmico que planejava atentados semelhantes aos dos Jogos de Munique em 1972. Dez suspeitos de serem aliados ao Estado Islâmico foram presos e dois fugiram. Saiba mais.

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