Da Alemanha, em uma declaração feita nesta quinta-feira (25), Jens Stoltenberg, secretário-geral da Otan (Organização do Tratado do Atlântico Norte), instou os Estados-membros a intensificar seu apoio à Ucrânia em seu conflito com a Rússia. As informações constam no site da aliança militar.
“É na Ucrânia que nossa resolução está sendo testada. Estamos testemunhando ataques e atrocidades diárias. A Rússia está sistematicamente destruindo a infraestrutura ucraniana, incluindo importantes usinas de energia”, afirmou Stoltenberg em um discurso proferido em Berlim.
Ele continuou: “Precisamos ser francos, a realidade é que, nos últimos meses, os aliados da Otan não cumpriram as promessas de apoio que fizeram”.
Durante meses, os Estados Unidos têm enfrentado dificuldades para chegar a um acordo sobre um novo pacote de assistência para a Ucrânia, enquanto na Europa o fornecimento de munições está consideravelmente aquém dos níveis prometidos. Esses atrasos, como destacou Stoltenberg, têm implicações sérias.
Stoltenberg ressaltou que, nas últimas semanas, Kiev tem enfrentado uma “luta árdua” para se defender dos ataques russos na linha de frente.
“A Ucrânia está desprotegida, permitindo que a Rússia avance na linha de frente. A falta de defesa aérea na Ucrânia torna possível que mais mísseis e drones russos atinjam seus alvos. Além disso, a Ucrânia carece de capacidades de ataque de precisão profunda, o que significa que a Rússia poderia mobilizar mais forças contra ela. No entanto, não é tarde demais para a Ucrânia prevalecer, pois o apoio militar está a caminho”.
Stoltenberg também instou os aliados da Otan a honrarem sua promessa de enviar armas para a Ucrânia “e a fazerem isso rapidamente”.
“Também temos que colocar o nosso apoio numa base mais robusta e de longo prazo. 99% da ajuda militar à Ucrânia vem dos aliados da Otan”, acrescentou.
Durante sua conferência de imprensa com o tenente-general Ingo Gerhartz, chefe da Força Aérea alemã, Stoltenberg expressou gratidão à Alemanha por seu papel vital no apoio à Ucrânia, sendo o maior doador militar do país na Europa. Ele também elogiou a decisão da Alemanha de fornecer outro sistema de defesa Patriot para o país invadido.