Pyongyang condena manobras militares entre Coreia do Sul e EUA

Kim Yo-jong, irmã do ditador norte-coreano, afirmou que a Coreia do Norte aumentará sua capacidade militar para defesa e está pronta para "aniquilar" agressores caso as provocações persistam

Nesta quarta-feira (24), Kim Yo-jong, uma figura influente e irmã do líder norte-coreano Kim Jong-un, criticou veementemente os exercícios militares conjuntos entre a Coreia do Sul e os Estados Unidos, descrevendo-os como “provocativos” e “perigosos”. As informações são da rede sul-coreana KBS World.

Alta funcionária do Comitê Central do Partido dos Trabalhadores, que governa o país, Kim destacou que os EUA realizaram mais de 80 rodadas de exercícios militares “com seus lacaios”, enquanto os exercícios individuais da Coreia do Sul ultrapassaram 60. As declarações foram feitas através de um comunicado publicado no Rodong Sinmun, o jornal oficial do partido.

A declaração condenou Washington por intensificar as tensões por meio de exercícios como o “exercício conjunto do corpo de fuzileiros navais”, o “exercício conjunto de inverno” e o “exercício aéreo conjunto”. Kim caracterizou essas manobras como “perigosas” para a estabilidade regional.

Kim Yo Jong, segunda pessoa mais poderosa dentro da fechada nação insular (Foto: WikiCommons)

A irmã do ditador norte-coreano reiterou o compromisso do seu país em fortalecer suas capacidades militares para “defender sua soberania, segurança e paz regional”, enfatizando a determinação da fechada nação em proteger-se contra quaisquer ameaças percebidas.

Além disso, Kim advertiu que a Coreia do Norte defenderia sua soberania e a paz regional contra qualquer ameaça, destacando que qualquer tentativa de ação armada contra o país seria enfrentada com uma resposta “imediata e aniquiladora”.

No dia 12 de abril, a Coreia do Sul e os EUA deram início a um exercício aéreo de duas semanas, mobilizando cerca de 100 caças, com o propósito de fortalecer a prontidão diante das potenciais ameaças militares provenientes do vizinho do Norte.

Por sua vez, a Coreia do Norte relatou ter realizado seu próprio exercício, envolvendo múltiplos lançamentos de foguetes e uma simulação de contra-ataque nuclear contra alvos inimigos na terça-feira (23).

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