A sul-coreana POSCO, uma das maiores empresas de aço do mundo, assinou uma parceria com a Glenfarne Alaska LNG para desenvolver o projeto de gás natural liquefeito (GNL) do Alasca, tornando-se a primeira empresa do país a participar oficialmente da iniciativa energética dos EUA apoiada pelo presidente Donald Trump, anunciou a Glenfarne nesta quinta-feira (11). As informações são da Reuters.
O acordo, firmado durante a conferência Gastech em Milão, na Itália, prevê que a POSCO forneça parte do aço necessário para a construção de um gasoduto de alta pressão de cerca de 1.300 km, que ligará o centro-sul do Alasca a um terminal de exportação de GNL no sul do estado.

Além disso, a empresa firmou um contrato de 20 anos para comprar um milhão de toneladas de GNL por ano em regime free-on-board (FOB) – ou seja, o vendedor entrega a mercadoria no navio e o comprador assume os custos e riscos a partir desse ponto. Esse é o primeiro acordo desse tipo para o GNL do Alasca, segundo a Glenfarne.
O projeto Alaska LNG busca atrair investimentos de países asiáticos, incluindo Coreia do Sul e Japão, para exportar gás alaskense para a Ásia. Em julho, Seul também anunciou a compra de US$ 100 bilhões em produtos energéticos dos EUA, dentro de um pacote maior de US$ 350 bilhões que visa reduzir tarifas sobre importações sul-coreanas de 25% para 15%.
A procura mundial por gás natural liquefeito cresceu após a invasão da Ucrânia pela Rússia em 2022, provocando mudanças nos mercados de gás e levando compradores europeus e asiáticos a firmar contratos de fornecimento de longo prazo com exportadores dos EUA.