Chefe de Direitos Humanos da ONU pede ação ‘imediata’ contra sequestros em massa na Nigéria

Mais de 564 pessoas foram sequestradas desde 7 de março, incluindo mais de 280 estudantes, segundo as Nações Unidas

Conteúdo adaptado de material publicado originalmente pela ONU News

O alto comissário da ONU (Organização das Nações Unidas) para os Direitos Humanos, Volker Turk, manifestou sua indignação diante dos recentes sequestros de centenas de pessoas na Nigéria por homens armados. Na sexta-feira (15), ele expressou choque com a sequência de sequestros em massa no norte do país, que envolveram homens, mulheres e crianças.

O chefe dos Direitos Humanos reconheceu o anúncio das autoridades nigerianas sobre as medidas para localizar com segurança as crianças desaparecidas e reuni-las com suas famílias. No entanto, ele pediu investigações “imediatas, completas e imparciais” sobre os sequestros e instou a responsabilização dos envolvidos perante a justiça.

Alto comissário da ONU para os Direitos Humanos, Volker Turk (Foto: UN Geneva/Flickr)
Sequência de sequestros

De acordo com relatórios recentes, pelo menos 564 pessoas foram vítimas de sequestro desde o dia 7 de março. Entre elas, mais de 280 alunos foram sequestrados em uma escola na cidade de Kuriga, localizada no estado de Kaduna.

Pelo menos 200 outras pessoas, em sua maioria mulheres e crianças deslocadas internamente, foram sequestradas no mesmo dia em Gamboru Ngala, no estado de Borno, quando supostamente buscavam lenha. 

Dois dias depois, homens armados invadiram um colégio interno no vilarejo de Gidan Bakuso, no estado de Sokoto, e sequestraram pelo menos 15 alunos. Em 12 de março, cerca de 69 pessoas foram sequestradas em dois ataques a uma aldeia na área de Kajuru, no estado de Kaduna.

O alto comissário destacou que ninguém deveria ser submetido ao constante temor de sequestro, uma realidade que muitas pessoas enfrentam em diversas partes do norte da Nigéria. 

Ele enfatizou a importância de identificar e responsabilizar os agentes armados por esses ataques, respeitando as leis internacionais de direitos humanos. Para Turk, isso é fundamental para combater a impunidade que perpetua esses crimes.

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