Embaixador da Coreia do Norte em Genebra é suspeito de crimes contra a vida selvagem

Han Tae Song já foi expulso do Zimbábue por participar do tráfico de chifres de rinoceronte e agora estaria envolvido com presas de elefante

A Coreia do Norte está chamando de volta seu embaixador na Suíça, Han Tae Song, devido a suspeitas de envolvimento no contrabando de presas de elefante. O caso está sendo investigado tanto por peritos da ONU (Organização das Nações Unidas) quanto por autoridades suíças, e Han poderá ser substituído em breve, sendo responsabilizado pelas atividades. As informações são da rede Radio Free Asia.

Han, que representa Pyongyang nas Nações Unidas em Genebra e é embaixador na Suíça desde 2017, foi expulso do Zimbábue em 1992 por envolvimento no tráfico de chifres de rinoceronte. Agora, o crime aparentemente se repete.

A informação surgiu após relatos de que Botswana, África do Sul, Zimbábue e Moçambique estão investigando, há mais de um ano, uma operação de contrabando de marfim e chifres de rinoceronte associada à Coreia do Norte.

Presas de elefante da Tanzânia destacadas (Foto: WikiCommons)

A quadrilha é acusada de roubar 19 presas de elefante e 18 chifres de rinoceronte do Botswana em dois momentos no ano passado e neste ano. Em seguida, teriam enviado esses itens, através de África do Sul e Zimbábue, para compradores moçambicanos vinculados à fechada nação asiática.

O relatório aponta dois compradores da Coreia do Norte como peças-chave em uma grande operação de contrabando de produtos da vida selvagem. Um deles, Yi Kang Dae, é oficial de inteligência na segurança do Estado da Coreia do Norte e colaborou com o embaixador Han.

Uma fonte de segurança no Zimbábue mencionou que existe uma forte possibilidade de Han ter reativado a antiga rede de contrabando que dirigia nos anos 1990, e há incerteza quanto ao desmantelamento da rede ilegal, pois os principais agentes do embaixador continuam foragidos em Moçambique.

A fonte sugere que as severas sanções internacionais impostas à Coreia do Norte na última década “podem ter incentivado Han a reativar sua rede”, que estava inativa por algum tempo.

O informante apela à “vigilância conjunta” para “eliminar a operação desde a origem até o seu término”.

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