ONU organiza retirada de sua missão de paz da província de Kivu do Sul, na RD Congo

Enviada das Nações Unidas destaca o desejo de forças rebeldes de encontrar uma solução pacífica para a crise no leste do país

Conteúdo adaptado de material publicado originalmente pela ONU News

O mês de junho marca a conclusão da retirada das forças da Missão da ONU na RD Congo, a Monusco, da província oriental do Kivu do Sul. Com o processo terminará a primeira fase da saída do contingente internacional do país africano. 

Para a representante especial do secretário-geral na RD Congo, várias lições foram aprendidas deste processo pela operação criada em 2010, resultante de missões anteriores com o mandato que inclui proteger civis congoleses, pessoal humanitário e ativistas de direitos humanos. 

Contexto de estabilização 

No caso do Kivu do Sul, Bintou Keita destacou a formação de uma equipe local que fará parte dessas atividades, mas também terá alcance em níveis nacional e local. 

Nessa experiência da retirada do Kivu do Sul, uma das principais lições é que não se pode ter pressa de estabelecer um cronograma para a retirada de um contexto em estabilização, por haver muitos desafios a serem enfrentados. 

Criança observa soldado da Monusco da RD Congo (Foto: Monusci/Abel Kavanagh)

Entre os aspectos por considerar, ela mencionou a necessidade de equipamentos, as negociações com terceiros para locais para instalar infraestrutura ou se estabelecer bases em terras privadas. 

A chefe da missão de paz da ONU também conversou, em Ruanda, com rebeldes que atuam na RD Congo. O tema foi a proteção de civis em áreas sob controle destes grupos armados no leste congolês. 

Momento crítico 

Keita disse que os rebeldes expressaram o desejo de uma solução pacífica para a crise, que se intensificou em janeiro com a captura da cidade de Goma. 

Segundo a Monusco, a reunião fazia parte de “esforços conjuntos iniciados, há vários meses, em benefício da população” e que ocorreu em um momento crítico. 

O grupo rebelde M23 também esteve nas negociações promovidas pela ONU, as primeiras mais salientes desde a tomada da cidade oriental de Goma que no início deste ano protagonizaram ataques a alvos incluindo as forças de paz da Monusco. 

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