Este conteúdo foi publicado originalmente na agência ONU News, da Organização das Nações Unidas
O secretário-geral da ONU, António Guterres, realçou a grande importância da parceria entre a organização e o Governo da Etiópia, através da equipe nacional, para abordar as necessidades humanitárias das populações afetadas pela crise em Tigré.
Em nota, emitida pelo porta-voz, Guterres aponta que é preciso tomar medidas urgentes de forma continuada para aliviar a situação humanitária e alargar as proteções para as pessoas que estão em risco.
Conselho
O Conselho de Segurança da ONU discutiu a situação da área à portas fechadas na quarta (3). O chefe da ONU disse estar “seriamente preocupado” com a situação na região, onde centenas de milhares de pessoas carecem de auxílio humanitário.
Entre os representantes estiveram o alto comissário para Refugiados, Filippo Grandi e o diretor executivo do Programa Mundial de Alimentos, PMA, David Beasley.
No balanço da visita ao país do extremo leste africano, Filippo Grandi considerou a situação “extremamente grave”. Ele sublinhou que “o acesso é fundamental” para que a ONU e as ONGs possam avaliar a situação e alcançar as pessoas com assistência.
Assistência
O chefe da Acnur (Agência da ONU para Refugiados) apontou que, devido à situação volátil, esses procedimentos devem ser muito ágeis para garantir a segurança dos trabalhadores humanitários.
No sul de Tigré, Grandi se reuniu com refugiados no campo de Mai Aini, um dos quatro locais hospedando cidadãos eritreus. Ele contou que as pessoas relataram situações “muito preocupantes”.
Entre as principais questões estão a falta de assistência por várias semanas que levou a se alimentarem de “folhas porque não havia outro alimento”.
Os refugiados também são vítimas de fogo cruzado, de infiltração de homens armados nos campos, bem como retornos forçados à Eritreia. Há relatos de refugiados que optaram por retornar à Eritreia devido à insegurança que prevalece em Tigré, disse a ONU.