OIT e Estados Unidos anunciam parceria para combater trabalho escravo

Agência da ONU diz que iniciativa deve promover trabalho decente em áreas do setor de pecuária do Brasil e do Paraguai para enfrentar violações das regras e leis laborais

O Departamento do Trabalho dos Estados Unidos e a Organização Internacional do Trabalho (OIT), firmaram uma cooperação para combater formas análogas à escravidão em atividades da pecuária no Brasil e no Paraguai.

A iniciativa tem o apoio de organizações da sociedade civil em ambos os países e busca enfrentar casos de violação trabalhista incluindo exploração do trabalho infantil e do trabalho escravo. Entre 1995 e 2022, foram resgatadas mais de 16,8 mil pessoas.

Mato Grosso do Sul, Brasil (Foto: PCI)

O projeto é realizado no estado do Mato Grosso do Sul, no Brasil, e Departamento de Boquerón, na região do Chaco paraguaio.  

O diretor da OIT no Brasil, Vinícius Pinheiro, e o subsecretário Adjunto de Assuntos Internacionais do Departamento do Trabalho dos Estados Unidos, Mark Mittelhauser, firmaram o acordo para apoiar a implementação das normas internacionais de trabalho. 

O Observatório da Erradicação do Trabalho Escravo e do Tráfico de Pessoas, mantido pelo Ministério Público do Trabalho e pela OIT, revela que 29,2% dos resgates de trabalhadores em condições análogas à escravidão, entre 1995 e 2022, foram notificados no setor da pecuária bovina, o equivalente a 16.847 pessoas resgatadas.  

A OIT afirma que o lançamento do projeto ocorre num momento de um maior risco de exposição a formas inaceitáveis do trabalho e de expansão da produção. 

Conteúdo adaptado do material publicado originalmente em inglês pela ONU News

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