Rússia é suspeita de enviar falsas ameaças de bomba que fecharam seções de votação nos EUA

Alertas foram enviados por domínios russos de e-mail e forçaram dois locais na Geórgia a interromper brevemente as atividades

Três estados norte-americanos receberam ameaças de bomba durante o processo de votação da eleição presidencial dos EUA, que ocorreu na terça-feira (5). O FBI, a polícia federal do país, disse que as mensagens com os alertas foram enviadas por contas de e-mail com domínios russos, o que levanta suspeitas contra Moscou. As informações são da agência Reuters.

O FBI afirmou em comunicado que “nenhuma das ameaças foi considerada crível”. Ainda assim, duas seções eleitorais na Geórgia foram obrigadas a fechar por cerca de 30 minutos por questão de segurança. As outras duas ameaças aconteceram nos estados de Michigan e Wisconsin.

Casa Branca, sede do governo norte-americano: eleição tensa (Foto: WikiCommons)

Embora o governo federal não tenha imediatamente implicado a Rússia, o secretário de Estado da Geórgia, Brad Raffensperger, falou nesse sentido. “Eles estão tramando travessuras, ao que parece. Eles não querem que tenhamos uma eleição tranquila, justa e precisa, e, se eles conseguirem que briguemos entre nós, eles podem contar isso como uma vitória”disse.

De acordo com um alto funcionário do gabinete de Raffensperger, que pediu anonimato, as ameaças em seu estado foram enviadas diretamente às duas seções de cotação e à imprensa local. Ele ainda reforçou a informação de que os domínios dos remetentes são russos.

Durante o processo eleitoral, o governo norte-americano acusou Moscou de usar desinformação para tentar interferir. A denúncia gerou dois indiciamentos de funcionários da emissora RT por lavagem de dinheiro e sanções impostas pelo Departamento do Tesouro norte-americano a dez indivíduos e duas entidades.

O papel da RT, de acordo com Washington, foi o de recrutar secretamente influenciadores norte-americanos “desavisados” para fortalecer a operação de influência. A fim de mascarar seu envolvimento, a emissora teria usado uma empresa de fachada, escondendo também o papel do governo russo no plano.

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