O governo de Donald Trump nos EUA está finalizando uma proposta para expandir o bloqueio de entrada no país. De acordo com fontes internas, uma nova lista chamada de “vermelha” incluiria países cujos cidadãos já haviam sido alvo de restrições, como Cuba, Irã, Líbia, Somália e Síria. No entanto, o que preocupa particularmente é a possível inclusão do Afeganistão, que pode ser sujeito a um bloqueio total de entrada. As informações são do jornal The New York Times.

A proposta está sendo discutida internamente e, se aprovada, aumentaria ainda mais as restrições de viagem, incluindo uma categoria chamada “laranja”, que impõe limitações a cidadãos de certos países, como restrição ao tipo de visto concedido.

“Os afegãos seriam incluídos nesta lista, ou na mais restritiva”, afirmou Shawn VanDiver, presidente de um grupo sem fins lucrativos que apoia a realocação de afegãos que ajudaram as forças norte-americanas durante a guerra. Em resposta, o grupo emitiu um alerta para que cidadãos afegãos com visto válido retornem imediatamente aos EUA antes que sejam impedidos de entrar.

Enquanto o Afeganistão se prepara para enfrentar essas novas barreiras, o debate sobre a eficácia e os impactos da política de Trump segue aceso. Algumas das questões que influenciam essas decisões incluem práticas de segurança, compartilhamento de informações sobre viajantes e até mesmo o comércio de cidadania, que poderia ser uma brecha para a restrição.

Em uma manobra conectada com suas declarações anteriores, Trump continua a sustentar que suas políticas de restrição de viagem visam proteger a segurança nacional dos Estados Unidos, evitando a entrada de indivíduos com intenções maliciosas. As críticas, no entanto, se intensificaram, especialmente entre veteranos de guerra no Afeganistão, que expressaram frustração com a aparente traição de aliados de longa data.

As mudanças propostas têm gerado um clima de incerteza, especialmente para aqueles que, como os afegãos, já estavam em processo de realocação para os EUA. O governo está agora considerando uma série de categorias para os países em questão, sendo que, após a reavaliação, algumas nações podem ser reclassificadas ou até removidas da lista, caso atendam a requisitos de segurança.