O Departamento do Tesouro do governo dos EUA anunciou na quinta-feira (20) uma nova e ampla rodada de sanções voltada a prejudicar o aceso da forças armadas da Rússia a suprimentos e receitas cruciais para seus esforços de guerra. Entre os alvos estão 120 empresas não somente russas, mas também dos Emirados Árabes Unidos e do Quirguistão.
As novas sanções visam a “inibir o acesso da Rússia a produtos que apoiam seus esforços militares e de guerra; reduzir a receita da Rússia com o setor de mineração e metais; minar suas futuras capacidades energéticas; degradar o acesso da Rússia ao sistema financeiro internacional; e privar a Rússia da tecnologia produzida pelo G7 necessária para seus setores de tecnologia, aeroespacial e de defesa.”
As sanções atingem bancos comerciais, empresas de mineração, de tecnologia e de munições. No setor de tecnologia, surgem na lista empresas do Quirguistão acusadas de fornecer a Moscou componentes eletrônicos e outras tecnologias que constam na lista de restrições de exportação para a Rússia desde que teve início a guerra da Ucrânia.
Igualmente, o Tesouro sancionou a Amegino FZE, uma empresa de engenharia dos Emirados Árabes Unidos que fornece componentes eletrônicos e serviços relacionados ao setor. Ela teria enviado dezenas de remessas de eletrônicos, incluindo circuitos integrados, para a Rússia durante a guerra, desrespeitando assim o embargo imposto pelos EUA a tais itens.
“As ações de hoje representam outro passo em nossos esforços para restringir as capacidades militares da Rússia, seu acesso aos suprimentos do campo de batalha e seus resultados econômicos”, disse o subsecretário do Tesouro, Wally Adeyemo. “Enquanto a Rússia continuar a travar sua guerra brutal e não provocada contra a Ucrânia, vamos impor sanções para privar a Rússia da tecnologia de que ela precisa e interromper a capacidade de reabastecimento da indústria de armas russa.”
As sanções significam que eventuais bens que os sancionados tenham nos EUA devem ser bloqueados e reportados às autoridades. Pessoas e entidades norte-americanas ou que atuem no território norte-americano também são proibidas de realizar transações com os sancionados, a menos que autorizadas por uma licença geral ou específica.