Beijing confirmou nesta sexta-feira (24) ter conduzido uma reunião virtual com a Organização Mundial da Saúde (OMS) para abordar o recente aumento nas infecções respiratórias na China. A Comissão Nacional de Saúde (NHC, da sigla em inglês) afirmou que o aumento é atribuído a agentes infecciosos identificados, conforme relatado pelo jornal estatal Global Times.
A situação está gerando preocupações, especialmente em relação aos casos “indeterminados” de pneumonia que estão sobrecarregando hospitais infantis em Beijing e na região norte de Liaoning. Esses casos, suspeitos de terem origens bacterianas, têm causado impacto significativo nos serviços de saúde.
Diante disso, a OMS busca obter mais detalhes da China, especialmente em relação aos casos de pneumonia não diagnosticada entre crianças. A discussão visa compreender melhor a natureza dessas infecções e formular estratégias eficazes para lidar com o aumento das doenças respiratórias.
Em um comunicado emitido pelo NHC sobre a prevenção de doenças infecciosas respiratórias, foi alertado que, durante o inverno e a próxima primavera, a China pode enfrentar uma situação em que várias doenças respiratórias, incluindo Covid-19 , gripe e micoplasma.
“A situação geral da COVID-19 está geralmente estável atualmente, mas existe o risco de uma recuperação no inverno. Além disso, a infecção por influenza e micoplasma pneumoniae piorou desde outubro de 2023. A infecção por influenza pode atingir seu pico durante o inverno e a primavera. temporadas em todo o país, e as infecções por micoplasma pneumoniae continuarão altas em algumas áreas por algum tempo”, detalhou o Conselho de Estado.
Na semana passada, a NHC da China explicou aos jornalistas que o aumento de doenças respiratórias estava relacionado à suspensão das restrições do coronavírus e à circulação de patógenos conhecidos, como a gripe e infecções bacterianas comuns que afetam especialmente as crianças, incluindo a pneumonia por micoplasma.
Durante a pandemia de Covid-19, a OMS expressou críticas reiteradas às autoridades chinesas devido à falta de transparência e colaboração por parte delas.