Conteúdo adaptado de material publicado originalmente pela ONU News
Mobilização rápida para enfrentar a crise humanitária é a missão que move entidades do setor de auxílio após o deslizamento de terras na província de Enga, Papua Nova Guiné.
Na terça-feira (28), a Organização Internacional para as Migrações (OIM) disse que vem atuando com as Nações Unidas, as autoridades locais e os parceiros para ajudar aos afetados na ilha do sudoeste do Pacífico.
Oito metros de solo e detritos
A agência cita dados do Centro Nacional de Desastres do país, apontando que mais de suas mil pessoas estão soterradas sob os escombros.
Fortes chuvas na sexta-feira (24) causaram o deslizamento de terras aproximadamente às 3h, horário local. Com o desastre, a área ficou abafada e foram soterradas casas, infraestrutura e terras agrícolas em até oito metros abaixo de terra e detritos.
![](https://areferencia.com/wp-content/uploads/2024/05/landslide-photo.jpg)
Apenas seis corpos foram recuperados no que é considerado um dos desastres mais mortais na história recente do país.
O chefe do escritório da OIM na Papua Nova Guiné declarou que a dimensão deste desastre é “verdadeiramente desoladora”. Serhan Aktoprak disse que a coordenação com as autoridades locais e parceiros internacionais visa atender os milhares de pessoas que “perderam as suas casas e pertences em um piscar de olhos.”
Condições extremamente desafiantes
O Unicef (Fundo das Nações Unidas para a Infância) anunciou que vem aumentando a resposta de emergência que matou centenas de pessoas, destruiu infraestrutura essencial e deixou milhares de desalojados.
Os esforços de busca e recuperação são liderados pelas forças de defesa em “condições extremamente desafiantes”. O terreno está ainda instável e as estradas danificadas restringem o acesso à zona do desastre.
A representante do Unicef no país, Angela Kearney, contou que a atuação em coordenação com as autoridades e organizações comunitárias visa prestar apoio vital aos sobreviventes.
Kearney ressaltou que mais de 40% dos afetados são “crianças com menos de 16 anos ficaram profundamente traumatizadas pela perda das suas famílias, casas e meios de subsistência.”
Na manhã desta terça-feira, uma ponte que ligava as províncias de Enga à área de Western Highlands ruiu, dificultando ainda mais a entrega de mantimentos e assistência às comunidades afetadas.