China roubou segredos militares dos EUA para criar um moderno caça, diz especialista

Com suposta tecnologia militar norte-americana, J-20 de quinta geração pode representar mais desafios para Washington no futuro

Em uma entrevista divulgada na quinta-feira (9), um especialista norte-americano do setor de Defesa disse à rede Fox News que, se não houver mais esforços para proteger informações sobre armas produzidas nos EUA, a China pode alcançar o país em capacidade bélica.

Exemplo disso é que Beijing agora possui um moderno caça J-20 de quinta geração, sobre o qual recai a suspeita de ter sido desenvolvido a partir de uma cópia da tecnologia militar norte-americana. Algo que pode representar problemas para o Pentágono no futuro, principalmente num cenário de tensão entre as nações.

A afirmação foi feita pelo ex-secretário interino de Defesa para Estratégia dos EUA James Anderson, que acusou a China de “lucrar muito com seus roubos ao longo dos anos”. E acrescentou: “Eles fizeram bom uso e criaram um avançado caça de última geração”, comparando o J-20 ao F-22 Raptor Fighter.

A China começou a trabalhar no J-20 em 2008, como parte de uma estratégia para criar um novo caça que pudesse competir com os modelos dos EUA. A aeronave fez seu primeiro voo em 2011, entrando em serviço seis anos depois.

Apelidado de “Poderoso Dragão”, o J-20 é um caça chinês de quinta geração (Foto: WikiCommons)

No entanto, logo após a introdução do J-20 na Força Aérea do Exército de Libertação Popular (PLAAF, da sigla em inglês), oficiais dos EUA e especialistas militares acusaram Beijing de criar um caça “estranhamente semelhante” ao F-22 Raptor. Diante da constatação, a China foi prontamente acusada de espionagem.

Para atingir seus objetivos, Beijing tem usado técnicas de ciberespionagem para obter informações militares confidenciais. Para conseguir isso, ainda se beneficia de funcionários corruptos e outras pessoas com acesso aos dados.

Também ouvido pela Fox, James Hess, professor da Escola de Segurança e Estudos Globais do Sistema Universitário Público Americano (APUS, da sigla em inglês), falou sobre a variedade de técnicas de espionagem chinesas, desde o uso “antiquado” e “de baixa tecnologia” de espiões até o suborno para recrutar empreiteiros americanos, acadêmicos universitários e funcionários do governo, além de métodos mais avançados, como atividade cibernética, para obter dados importantes sobre sistemas militares.

“Infelizmente, eles tiveram algum sucesso”, acrescentou Anderson.

Muitos terabytes de dados relacionados ao caça F-35, por exemplo, foram supostamente roubados por hackers chineses, incluindo informações sobre seu motor e método usado para gases de resfriamento.

As crescentes tensões militares entre os EUA e a China estão recebendo foco renovado enquanto uma possível invasão da China a Taiwan, aliada de Washington, é discutida. 

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