Coreia do Norte diz que testes de mísseis são preparação para atacar os EUA

Dezenas de projéteis foram disparados em direção ao mar por Pyongyang, enquanto Seul e Washington realizaram um treinamento aéreo

O governo da Coreia do Norte afirmou nesta segunda-feira (7) que seus mais recentes testes de mísseis foram experiências bem sucedidas para futuramente realizar eventuais ataques “impiedosos” contra os EUA e a vizinha Coreia do Sul. As informações são da agência Associated Press (AP).

As declarações ameaçadores surgem em meio ao aumento da tensão na região, com seguidos testes de mísseis realizados por Pyongyang e manobras militares de norte-americanos e sul-coreanos. Somente na semana passada, dezenas de projéteis foram disparados em direção ao mar pela Coreia do Norte, enquanto Seul e Washington realizaram um grande treinamento aéreo simulando uma agressão.

Desfile militar exibe míssil balístico da Coreia do Norte (Foto: WikiCommons)

“As recentes operações militares correspondentes do Exército do Povo Coreano (KPA, na sigla em inglês) são uma resposta clara de que, quanto mais persistentemente os movimentos militares provocativos dos inimigos continuarem, mais completa e impiedosamente o KPA irá combatê-los”, disse o Estado-Maior da Coreia do Norte em um comunicado divulgado pela mídia estatal.

O regime comunista insiste em afirmar que não há “necessidade de se sentar frente a frente com as autoridades sul-coreanas e não há questões a serem discutidas com eles”. Isso inclui a questão nuclear.

Ao lado de EUA e Japão, a Coreia do Sul tem pressionado Pyongyang a evitar a proliferação de armas nucleares e a cooperar para manter a paz e a estabilidade na região. As negociações pela desnuclearização do país, porém, estão travadas desde 2019.

A Coreia do Norte quer que os EUA e aliados suspendam as sanções econômicas impostas a seu programa de armas. Até agora, o presidente Kim Jong-un recusou as tentativas de aproximação diplomática do líder norte-americano Joe Biden. A Casa Branca, por sua vez, diz que não fará concessões para que Pyongyang volte às negociações.

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