Enchentes no Paquistão deixam 1,2 mil mortos e cenário pode piorar, diz ONU

Situação afeta 33 milhões de paquistaneses e já desalojou 500 mil pessoas, com necessidades humanitárias urgentes

A Acnur (Agência da ONU para Refugiados) disse nesta terça-feira (6) que está aumentando o apoio ao Paquistão devido às chuvas torrenciais e inundações que afetam mais de 33 milhões de pessoas. O número de mortes está em torno de 1,2 mil, além da destruição e dos danos.

O receio é de que a situação possa piorar com as últimas previsões do Departamento Meteorológico, apontando para mais chuvas no próximo mês. A situação poderá aumentar os desafios para os sobreviventes e agravar as condições de meio milhão de deslocados, forçando mais pessoas a abandonarem suas casas.

Na segunda-feira (5), três aviões chegaram ao Paquistão e outros seguem a caminho como parte da operação de transporte aéreo administrado pela agência a partir de Dubai. A ideia é abastecer as áreas mais afetadas do sul das províncias de Sindh, Larkana e Sukkur.

Homens afetados pelas inundações de 2022 no Paquistão (Foto: Asad Zaidi/Unicef)

As cidades mais impactadas contam com assistência limitada para as famílias de deslocados, que precisam de diversos insumos essenciais.

A ajuda inclui 40 mil colchonetes, cerca de 15 mil utensílios de cozinha e cerca de 5 mil lonas multiuso. A assistência nas áreas mais atingidas é liderada pelo governo e visa inicialmente atingir 50 mil famílias.

Os principais desafios são observados nos assentamentos informais. As pessoas estão acampadas ao longo das estradas para escapar das águas das enchentes ao seu redor, montando abrigos com os recursos que tenham por perto.

De acordo com a agência, a maioria das vítimas quer ficar perto de casa, esperando voltar em breve. As necessidades alistadas pelas autoridades incluem abrigos, suprimentos de socorro e conhecimentos técnicos.

No terreno, a Acnur e seus parceiros continuam avaliando as necessidades humanitárias urgentes.

Conteúdo adaptado do material publicado originalmente pela ONU News

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